sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Viajar de Ônibus Estimula a Escrita?

Mais uma vez, aproveito o tempo em uma viagem de ônibus para praticar a escrita. Vício? É provável que sim, mas creio que seja um vício virtuoso. Um virtício! Oxímoro cujo único mal pode ser uma futura lesão por esforço repetitivo, mas que, entre outros, traz o benefício do exercício da razão temperada pela emoção.
Viajo para Florianópolis. Além de reencontrar uma amiga que não vejo há demasiado tempo, Maria José Barbosa de Souza, participarei de uma sessão de defesa pública de dissertação de mestrado na UNIVALI. Junção do útil ao agradável!
O momento sugere uma retrospectiva e manifesto de intenções. 2015 se aproxima do fim. Mas, resisto à tentação da mesmice. Do que falar então?
Na semana passada encerrei uma disciplina no doutorado em administração da UFPR. Cinco jovens, uma moça e quatro rapazes (Thalita OrsiolliRodrigo Morais SilvaLuiz Aurélio VirtuosoEduardo De Carli ePaulo Preto), compartilharam seu tempo de estudo comigo na exploração da literatura sobre empreendedorismo, inovação e sustentabilidade. Ao longo de 15 encontros fomos dialogando sobre as leituras de cada um, em encontros em que a liberdade e a ordem se fizeram sempre presentes. Mais um oxímoro? Libordem!
Foi Rodrigo quem manifestou essa impressão em uma mensagem de correio eletrônico. Faço uso dela para cunhar esse neologismo.
No meio do caminho, emerge a ideia de um texto: vamos avaliar o que a academia brasileira publicou sobre empreendedorismo sustentável?
Chegamos ao último encontro com o texto quase pronto. Uma semana de interaçøes virtuais, coletivamente, leva à finalização do texto. Imediatamente submetido a uma revista internacional que aceita textos em português com seis autores! Imagino que esta notícia deixe as chefias satisfeitas!
Mas, essa satisfação é a que menos me interessa. Quero falar de outra. Uma que se aproxima, já que estudamos empreendedorismo, da ideia de necessidade de realização de McClelland.
A escrita para mim é uma necessidade de realização. Escrevo porque quero, não porque mandam. Escrevo porque preciso. Não de pontos no Qualis, mas da emoção da busca da beleza no conhecimento. Escrevo porque faz parte de meu ser!
Enfim, no meio da viagem, torno público meu agradecimento emocionado a esses jovens que se juntaram a mim nessa jornada maravilhosa da leitura, reflexão e escrita. Um presente de Natal inesquecível.

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