quarta-feira, 4 de maio de 2016

No consultório? No hipódromo? Onde?

Você está abatido. Ela me disse. Preocupado com alguma coisa? Fiquei com vergonha de ser sincero. Em outros momentos, já nos posicionamos em pontos opostos sobre temas delicados. Será que ela entenderia? Preferi o silêncio.
Desligado do noticiário, carrego a incerteza comigo. O que penso não vai afetar o resultado. É como um páreo no jóquei. Depois do "Foi dada a largada", minha aposta já feita, não há o que fazer. Minha torcida não tem efeito sobre o resultado. Na dúvida, só o fotochart confirmará o vencedor. Em mim, qualquer que seja o resultado, sentirei o excesso de adrenalina. Na minha mão, a pulê terá apenas um destino: caixa pagador ou lixeira.
E depois, esperar o próximo páreo. Esse vício me deixa abatido.
Me diga você: eu poderia ter sido sincero com ela? Ela não gosta de apostas arriscadas. Confia nas falsas certezas.
Eu, ao contrário, sempre buscando o azarão. Não há saúde que aguente!

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