sábado, 26 de janeiro de 2019

O leão marinho em Paulas

Uma das aventuras inesquecíveis para Lorde Kennedy e sua gangue aconteceu quando foram às praias de Paulas. Foi em uma segunda-feira, dia em que Nego ia ao centro histórico de São Francisco cuidar de seus negócios. Vezenquando, Nego aproveitava e passava em Paulas para comprar peixes, camarões, lulas e mariscos para seu bar. As praias de Paulas têm muitos humanos que vivem desse ofício em São Francisco do Sul.
Depos daquela vez que a gangue toda se encondeu sob a lona da carroceria da velha caminhonete do Nego, os passeios de segunda se tornaram frequentes para Lorde Kennedy e sua gangue. Nego fingia que ficava bravo, mas, na verdade, ficava feliz com a companhia dos seis cães. Quando estacionava na praça da igreja em São Francisco do Sul, a criançada do centro corria para ver e brincar com Lorde Kennedy e sua gangue. Era uma festa!
Pois então, naquele dia, depois que voltou do banco, Nego assobiou para a cachorrada que estava se divertindo com as crianças. Todos correram em direção a caminhonete. Cachorros e crianças. Depois que Lorde Kennedy e sua gangue estavam alojados na carroceria, Nego deu partida e foi em direção ao balneário de Paulas. A criançada ainda correu atrás da caminhonete, enquanto Nego contornava a praça.
Nego estacionou em frente à comunidade dos pescadores e partiu em busca de suas mercadorias. Enquanto isso, os cães desceram da caminhonete e foram em direção à areia. Alemão foi o primeiro a observar a agitação em um dos cantos da praia. Um monte de gente fazendo um círculo. Parecia que havia algo estranho na praia. Ele chamou a atenção dos demais:
_ Olha quantos humanos lá no canto!
_ O que será? Vina perguntou.
_ Vamos até lá, sugeiru Dama.
Lorde Kennedy concordou. Assim, eles foram e em dez minutos chegaram ao canto da praia. Passaram entre as pernas dos humanos. No centro do círculo tinha um animal desconhecido para quase todos. Grande. Pelo meio amarronzado, com dois grandes dentes que se alongavam para fora da boca. Pontiagudos. Chumbinho exclamou:
_ Nossa! Que bicho estranho!
_ O que será? Foi a vez de Alemão perguntar.
China, era o único que conhecia o leões marinhos. Explicou para a gangue:
_ É um leão marinho. Deve estar perdido aqui em São Francisco do Sul. Vi muitos nos mares gelados quando estava embarcado no navio que me trouxe para cá. O que será que aconteceu.?
Nesse momento, Lorde Kennedy comentou:
_ Ele parece estressado. Está um pouco agitado.
E Vina completou:
_ Deve ser por causa desses humanos todos em volta dele. O que podemos fazer?
China falou:
_ Sim, leões marinhos não estão acostumados com os humanos. Vamos ajudar ele a voltar para o mar.
Foi então que Lorde Kennedy e sua gangue resolveram entrar em ação. Mais uma vez, iam ajudar um animal marinho a voltar para a água. Assim como aconteceu com a arraia na praia do Forte. Só que dessa vez o bicho era imenso! Como fazer? Foi de Alemão a ideia:
_ Já sei, vamos dar um jeito de afastar os humanos do leão marinho. A gente começa a rosnar e latir para eles e vamos fazendo um corredor para que o leão marinho possa se arrastar até as águas do mar.
_ Isso mesmo! Chumbinho e China concordaram ao mesmo tempo.
A gangue se dividiu em dois grupos: Alemão, Chumbinho e Vina à direita; China, Dama e Lorde Kennedy do outro lado. Se puseram a latir, rosnar e arreganhar os dentes em direção aos humanos. Estes se assustaram e recuaram um pouco.
O leão marinho, a princípio, também se assustou com os cães. Mas, de repente percebeu o que estava acontecendo. Uma brecha entre os humanos estava se formando e o caminho para o mar se abria. Ele emitiu um som muito parecido com o dos cães e começou a se arrastar para o mar. Enquanto isso, Lorde Kennedy e sua gangue mantinham os humanos afastados. Assim como a arraia na praia do Forte, o leão marinho quando alcançou o mar se virou para os cães e inclinou a cabeça antes de mergulhar. Era um agradecimento especial a Lorde Kennedy e sua gangue. Parece que os animais marinhos são muito educados!
Nesse momento, Nego estava chegando próximo ao tumulto no canto da praia. Um pescador que conhecia Nego contou o que os seus cães tinham feito. Nego ficou orgulhoso e assobiou para a gangue e disse:
_ Hora de voltar para casa. Hoje vai ter rango especial para vocês. Belo trabalho!

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