terça-feira, 25 de setembro de 2018

Mãos dadas

Um casal de mãos dadas. Ela um pouco mais madura. Ele de barba e bigode. Seriam turistas? Seriam locais? Não tenho como saber! Mas, mesmo quanto à diferença de idade é difícil estar certo. Me parece que as mulheres, em geral, demonstram mais as marcas do tempo. Pode ser que ele seja mais maduro. Talvez, o boné me engane. Lhe dá um ar juvenil. Mas, que importa?
O que importa mesmo são as mãos dadas. Para mim, são a maneira mais explícita de declarar o amor. Mais até que um beijo! Um beijo pode se muito rápido. Agora, mãos dadas exigem uma duração maior. Me dizem muito sobre uma relação.
Estou em Mar del Plata. Um dia antes do previsto. Depois de flanar pela manhã, decido almoçar. Uma escolha guiada apenas pelo número de clientes do lugar. Na esquina de Entre Rios com Belgrano.  O movimento me sugeriu uma possibilidade de comida boa. Nada especial. Apenas adequada à fome. Não era muita!
Entre tantas opções, uma milanesa. Com batatas. Para acompanhar um vinho tinto. O que você vê na fotografia. Nada especial! O mais barato da carta de vinhos. Sou pouco exigente!


Na verdade sou exigente só no amor. Se não me der as mãos, pouca chance há de prosperar. Assim, você já sabe. Me viu de mãos dadas? É sério! Pra durar! Mesmo que não seja eterno. Afinal, Vinícius já disse que é chama! Será eterno enquanto dure! Porém, tem muitas chances de ser infinito.
Na minha vida, não foram muitos os amores. Entre homem e mulher quero dizer. Outras formas de amor foram inúmeras. Com mulheres, sempre houve mãos dadas. Como o atual! Tem chances de ser eterno. Enquanto dure. Afinal, já passei dos 60! Quanto durarei? É provável que menos que ele. Mesmo vindo de uma família de longevos.
Outras bocas? Já beijei! Outros sexos? Já toquei! Mas, mãos dadas foram poucas! Já houve toques em que as mãos resistiram ao dar-se.  Não sou fácil! Mas, isto é outra história. Que o diga quem já me deu as mãos. No amor.

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