Cícero veio das Alagoas. Em São Paulo, na saída do hotel, nos pediu uma moeda. Qualquer valor lhe ajudaria na busca da refeição do dia. Seria a primeira. Talvez, a única. Não tinha nada a lhe oferecer. Nesta vida contemporânea, o dinheiro em forma de metal ou cédula é raro em minha carteira. Por acaso, minha companheira encontrou um trocado em sua bolsa. Cícero agradeceu dizendo do valor da ajuda que recebera. Lhe desejei boa sorte. De novo agradeceu e se disse de Alagoas. E emendou, melhor que a sorte, é poder estar vivo. Viver é melhor que morrer. Se despediu. Logo depois, caiu a chuva.
Chuva de verão
na manhã dominical -
Vida severina.
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